Livietta e Tracollo

18 de março – Palácio Sônia Cabral de Vitória
19 de março – Museu do Colono de Santa Leopoldina (ES)

O espetáculo proposto é um diálogo entre realidades distintas: um enredo napolitano do século XVIII, mesclado com elementos regionalistas nordestinos, através de uma estética armorial, unidos pela diversidade de caráteres, afetos e a própria “capixabidade” que inclui e valoriza todas essas características marcantes de nossa gente.


PERGOLESI, A OPORTUNIDADE E O FUTURO DA ÓPERA CÔMICA

O intermezzo bufo, de estrutura caracteristicamente napolitana, talvez tenha sido, dentre muitos outros e interessantes achados, uma das mais geniais invenções produzidas por aquele ambiente tão transpassado pela música, nomeadamente aquela de cariz vocal.

Concebidos para figurarem nos intervalos do grandes “dramas heroicos” (como é óbvio de argumento trágico), estes intermezzi possuíam duas pequenas partes e em geral utilizavam-se dos cantores secundários do espetáculo principal – ou de pequenas companhias de comédia lírica que assim cultivavam a possibilidade de se projetar numa cena artística marcada por uma grande concorrência – e com orquestras bastante reduzidas que, por sua vez, oportunizavam aos músicos locais mais uma fonte de rendimento.

Prof. Dr. Sérgio Dias
da Universidade Federal de Pernambuco


Nessa montagem da obra Livietta e Tracollo, pretendemos atingir o intuito de, utilizando-nos de uma estética/narrativa armorial, numa “costura” contínua com elementos do barroco, torná-la um espetáculo que poderá ser visto como “erudito,” mas, ao mesmo tempo, facilmente identificado o cotidiano real, popular ou sonhado por cada pessoa da plateia.

Assim, tendo como “fio condutor” uma estética armorial, que busca criar um movimento de união de uma cultura erudita às nossas tradições populares, convergindo diversas artes, a ópera Livietta e Tracollo busca atrair o interesse do público para essa mescla de estilos tão díspares e tão próximos. Viva a comédia popular! Viva nossas raízes! Viva a ópera e viva o brasileiríssimo Ariano Suassuna, a quem dedicamos este trabalho.

Washington Luiz Sielemann Almaieda
Diretor Artístico

Regente: Sérgio Dias.
Cantores: Lício Bruno – TRACOLLO; Rosiane Queiroz – LIVIETTA
Atores: Roberta Pertela – Fulvia; Tadeu Kunzendorf – Facenda
Orquestra: A Trupe Barroca
Musicos:
Violinos I: Dennys Serafim (spalla); Ricardo Sebastião
Violinos II: Jacqueline da Costa; Xavier de Lima
Viola: Claudine Correa
Violoncelo: Christian Munaweck
Contrabaixo: Leandro Nery
Guitarra Barroca/Tiorba: Ever Aguero
Cravo: Ramon Lorete

Espetáculo realizado com recursos do Funcultura da Secretaria da Cultura do Espírito Santo.